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Pequenas ações que fazem grandes líderes



As figuras de lideranças e chefes são comumente confundidas. E isso não é inesperado. Por muitos anos, chefes eram as únicas figuras de poder nas organizações. Eram os chefes que detinham a estratégia, que delegavam e controlavam as ações, que criavam as oportunidades e também quem eram reconhecidos pelo sucesso das empresas.


Fato é que esse cenário mudou. As lideranças hoje não estão, necessariamente, nas figuras dos “chefes” (termo, aliás, que passou a ser pejorativo em determinadas situações). Inclusive, este artigo traz uma nova perspectiva sobre lideranças em diferentes posições das empresa, e como pequenas ações que elas executam aumentam sua relevância e impactam positivamente nos resultados da empresa como um todo.


No texto de hoje, vamos entender com mais detalhes como direcionar essas ações para que as pessoas reforcem suas posições de liderança dentro das organizações.


Comportamentos e competências


Quando pensamos em líderes, um conjunto de competências nos vêm à cabeça:

  • Conduzir conversas difíceis;

  • Construir confiança;

  • Dar feedbacks;

  • Dar coach;

  • Inspirar;

  • Influenciar;

  • Entre muitas outras.

Para cada um delas, existe um conjunto de literaturas detalhando em tópicos e checklists quais as ações para dominar cada competência. No entanto, a prática é diferente, pois não só essas competências são amplas e variadas, como ocorrem, no geral, combinadas ao mesmo tempo.


No entanto, um estudo conduzido pela empresa Mentora (também citado no artigo), resumiu três comportamentos que lideranças demonstram em momentos considerados cruciais para ampliar seu impacto positivo.


O primeiro comportamento refere-se à intenção da liderança nos momentos decisivos, que pode ser resumido com a seguinte frase: “Como eu posso trazer o melhor de mim mesmo e o melhor dos outros em busca do nosso propósito comum?”.


O segundo comportamento, em prol de conseguir responder à pergunta feita acima, busca ativar uma ou mais das chamadas “energias” em si mesmos e nos outros:

  • Propósito: um comprometimento na busca de um propósito nobre e engrandecedor;

  • Sabedoria: demonstrar receptividade para a verdade (não importa o quão dura ela seja);

  • Crescimento: uma luta contínua para aproximar do potencial máximo de todos os envolvidos;

  • Compaixão: criação de uma conexão calorosa e compreensiva;

  • Autorrealização: a busca pelo motivo central de motivação das pessoas.

Por fim, o terceiro comportamento detalha ações simples que as lideranças usam para ativar essas “energias”. Por exemplo:

  • Desarmar: em momentos críticos, lideranças desarmam os detratores para poderem se posicionar (por exemplo, reconhecendo que dentro da crítica recebida há verdades e pontos relevantes);

  • Apreciar: em sua fala, um líder aprecia a relevância da discussão que está acontecendo, e agradece o tempo dedicado da outra pessoa para aquilo;

  • Aproxime os opostos: entendendo o que o outro lado quer expressar, a liderança é capaz de criar a conexão entre seu ponto de vista e o oposto;

  • Resgatar valores: ao reconhecer os valores da outra pessoa, a liderança é capaz de conduzir seus argumentos com mais impacto;

  • Desenvolver uma parceria: com os pontos acima (desarme, apreciação, aproximação dos opostos e resgate de valores), é possível começar a construção de uma ponte entre os extremos, e, portanto, uma parceria em prol de um propósito comum.


“Ações são blocos de construção de comportamentos. E incontáveis comportamentos de liderança podem ser construídos a partir de um set pequeno de ações”. Em resumo, quebrando uma situação complexa em elementos simples, permite que uma liderança consiga avançar no sentido de uma solução construtiva.


Benefícios desta abordagem


Uma abordagem possível


Quando os problemas enfrentados por líderes são encarados com a abordagem dos três passos citados acima, torna-se mais simples o aprendizado das competências, em comparação ao modelo tradicional de competências isoladas.


Adicionalmente, essa abordagem pode ser aplicada por todos na empresa, tendo ou não cargos de gestão, mas que estão em situações em que precisam liderar.


Uma abordagem autêntica


Sem seguir checklists ou uma lista de ações pré-fabricadas, permite que cada momento que a liderança se posiciona torne-se autêntico, pois estão sendo seguidos princípios amplos, que permitem que o líder se expresse do seu jeito.


Uma abordagem rápida


Seguindo os comportamentos propostos, a liderança não precisa recorrer a processos muito detalhados para se posicionar quando necessário. É uma abordagem replicável, ao mesmo tempo que autêntica.


Conclusão


Ao propor uma nova abordagem para que lideranças se posicionem proativamente e positivamente em momentos difíceis, torna-se mais simples replicar comportamentos que antes eram tidos como inatingíveis ou exclusivo de posições de gestores.


Outro ponto relevante é que nesta abordagem distribui-se o poder da liderança para todos que estão enfrentando situações de decisões, porém seguindo a mesma abordagem, com a mesma busca por um propósito positivo e engrandecedor em comum.




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